21.1.08

O conceito confuso da Amapô

A estamparia estava toda lá, mas o que era aquela overdose de franjas? Elas vinham nas calças, blusas, saias e pochetes, exageradamente, como se as estilistas não soubessem o que fazer com a tendência cowboy da temporada. O clima ficou ainda mais confuso pelos chifres e as cartolas com orelhas de coelho que adornavam as cabeças dos modelos. E tudo isso ao som de RPM. Uma revolução? Não dá pra dizer se era essa a idéia, ou se era confusão a palavra-chave.

As estampas, forte da marca, estavam bem coloridas estilo anos 70 e 80, com vestidos de seda e casacos de moletom masculinos. Muita camurça como na saia de franjas azul, nas pochetes e em alguns casacos.

Nos pés, destaque para as botas femininas abertas, com amarrações pela perna feitas, com exclusividade, por Meline Moumdjian para a Amapô. Na ala masculina, tênis de cano-longo, bem coloridos como nos anos 80.

Nas golas, o interesse ficou por conta de um tricô com enchimento em formato de conchas, algumas desciam até mesmo pelas mangas, dando um ar futurista e conceitual.

Carol Gold e Pitty Taliane assinaram a coleção, que saiu do óbvio com estampas, para a óbvia estampa com peças conceituais.

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