19.1.08

Os homens coloridos de Fause Haten

Uma mega flor desabrochando projetada na entrada da passarela deu início ao desfile de Fause Haten. Na platéia, flores sobre as cadeiras dos convidados deram uma prévia de que o desfile seria bastante colorido. Calças justas multicoloridas em tons de rosa, amarelo, azul piscina, verde e vermelho ajudaram a compor os visuais.

Patinando na passarela devido ao chão escorregadio, os modelos deslizaram com casacos acinturados e calças com ajustes na parte de trás. Um dos looks que chamou a atenção foi o paletó com uma das mangas trabalhada com brilhos, formando a imagem de uma máscara, também em gravatas, camisetas e casacos de outras composições.

Depois de muitos escorregões, um dos modelos perdeu o equilíbrio e caiu no chão. Após muitos risos, ele foi aplaudido pela platéia. O rapaz se machucou e nem voltou no final do desfile.

Fause terminou o desfile também patinando na passarela e foi ovacionado pelo público. No final, não foram só os convidados que receberam flores: Haten foi surpreendido com uma flor que foi jogada da platéia especialmente para ele.



Colaboração de Mariana Hansen

Na cama com Lorenzo Merlino

No lugar de cadeiras, camas box da Castor. Foi assim que Lorenzo Merlino recebeu seus convidados para o desfile da coleção de inverno. Num primeiro momento, o susto de não ter exatamente onde sentar. Depois, a busca por um cantinho no colchão. E, por fim, a cara de mal estar de muitos que já sentiam as costas mesmo antes do desfile começar. Totalmente inusitado, chegando a ser cômico. Glorinha Kalil nem conseguia colocar os pés no chão, enquanto Reinaldo Lourença deixava claro desconforto. Mas, vamos ao que interessa.

Nesse clima “aconchegante”, Merlino trouxe peças que mais lembravam lençóis ou mantas enroladas na modelo do que roupas de verdade. Só no segundo look que se teve certeza que o desfile havia começado. Seguindo a tendência, tivemos mais uma vez peças com corte de alfaiataria. De novidade, as pontas assimétricas em vestidos, sobretudos, casacos, sempre dando a sensação das modelos estarem enroladas em algum lençol.


Lorenzo trouxe para passarela, seda, veludo molhado, lã e nylon. Este último aproveitado em casacos, sobretudos, vestidos, dando um ar futurista provocados por super debruns ou lembrando as nuvens, quando em formas balonês. Na mesma onda do branco, um vestido tomara-que-caia de plumas. Mais nuvem que isso, não dava. Na paleta de cores, o preto característico da estação, cinza, caramelo e marrom. As estampas seguiam o xadrez e uma pontilhada, como uma super linha de giz.

Para os homens ele reservou calças justas de moletom com punhos nos calcanhares e no cós. Camisas, camisetas de malha, calças de alfaiataria e skinny e blazer também estavam presentes. O estilista ainda misturou xadrez e listras nos mesmos looks. Tudo sempre com cara de pijama.

Nesse clima, até a música começou a dar sono.

O rock e a bombshell de Fábia Bercsek

A passarela não tinha elementos que chamassem a atenção. Somente lá no fundo, um espaço para uma banda e os convidados à espera da nova coleção de Fábia Bercsek.

Depois de 50 minutos, começou uma batida de rock acompanhada pela voz da própria estilista e de Luis Depeche. O desfile foi todo embalado pelo rock e fez a platéia delirar até o final.

As produções foram inspiradas nas pin-ups da Segunda Guerra Mundial, a força máxima da mulher iconizada por sua feminilidade explícita. Nas peças, se destacaram vestidos com detalhes transparentes, alguns marcando os contornos do corpo, e volumes que realçaram a sensualidade da mulher. Fábia apostou em minis, com meia-calça opaca . Quanto às cores, o desfile começou no preto, fez um acréscimo de dourado e surgiram roupas verdes, azuis, rosas, pele e coral. O make era em um choque de cores com interferências coloridas nas pontas dos cílios.

A estilista fez uma parceria com a Adidas e com Cecília Mendes Jóias. Com a Adidas, calças skinnys e casacos brancos com as famosas listras em preto. Para as jóias, brincos longos de bolas chapadas douradas que deixavam os looks muito mais sensuais.

Fábia Bercsek deve estar mais tranqüila: além de estilista famosa, ela pode muito bem tentar a carreira de cantora de rock!

Colaboração de Julia Lins
Foto Ines Rozario

Triton way

O campus de uma universidade foi o cenário bolado pela Triton para desfilar a nova coleção de inverno, um universo aristocrático de jovens chiques e sensuais onde impera o estilo college. Esse clima universitário ganhou uma leitura moderna e contemporânea, que passa pela própria trajetória da marca, relembrando seus principais ícones.

Um vestido balonê preto, tendo um coração rosa na altura do busto, abriu o desfile, mostrando o lado sensual da coleção. Vestidos tomara-que-caia pregueados, macaquinhos, saias evasê e os detalhes das peças seguintes, como decotes no colo e nas costas, deram um ar Lolita à passarela.

O lado college veio muito bem representado por uma linha de tricôs lisos e nas estampas de losangos (Argyll), que foram utilizados em todas as peças da coleção - vestidos curtos, casacos compridos e em suéteres.

Como uma marca unissex, a moda masculina também teve seu espaço. Os meninos desfilaram calça skinny, blusas de alfaiataria, estampadas de listras e losangos, com uma atitude totalmente "gentlemam", que pôde ser vista no momento mais aplaudido do desfile: um modelo abaixou para pegar os sapatos deixados por uma colega no meio da passarela.

O styling retrô composto por óculos escuros e cabelos com corte anos 50 deu o clima de luxo, e tudo isso empolgado ao som de One Way or Another da banda novaiorquina Blondie.
Colaboração de Mariana Hansen

Exclusividade para o "reino" Alexandrino !

De aparência quase oriental, a alagoana, Bruna Tenório, começou sua carreira há pouco mais de um ano, em sua cidade natal, Maceió. Descoberta pela agência Now Models, sua carreira alavancou rapidamente e hoje, a modelo é considerada uma das mais novas revelações do mundo fashion.

Em sua primeira participação no SPFW, desfilou para 23 marcas. Logo depois, foi convidada pela Maison Channel para desfilar no exterior e, em pouco tempo, já marcava presença na passarela de grandes marcas como Valentino, Dior, Christian Lacroix e Luis Vuitton. No útlimo Fashion Rio, foi vista em quase todos os principais desfiles.

Nesta edição do SPFW, a alagoana veio como modelo exclusiva para o desfile de Alexandre Herchcovicht. Tal status não é de se espantar, pois enquanto a entrevistei, percebi a querida e simpática que é, além do talentosa como já sabemos. Bruna parou para me atender enquanto saia do desfile já correndo para um próximo compromisso.

A arte abstrata de Iódice

Baseado no Op-art, a Iódice desenvolveu a coleção inspirada na arte das ruas, o graffiti. Étnicas trabalhadas com recursos digitais e manuais refletiram uma estampa com flores gigantes, dando o ar de feminilidade.


Formas leves, feitas em patchworks numa mescla de tules e musselines, compunham vestidos decotados com ombros à mostra, transpasses que davam efeito drapeado e com golas altas pregueadas, franzidas e estruturadas. Saias e as mangas levaram os mesmos detalhes. Já, na linha feita em cetim com elastano, skinnys e saias contornaram perfeitamente a silhueta. Como grande diferencial, a ausência de umas das maiores tendências da estação, a alfaiataria.


Na cartela de textura, croco, verniz, pêlo, camurça, cetim e metalizados serviram tanto para casacos de forma ampla quanto para os sapatos meia pata, peep toes e anabelas com saltos geométricos. Preto, roxo, rosa, azul e tons de cinza completam a aposta da Iódice para o próximo inverno.
Colaboração Julia Lins
Foto Ines Rozario

Villaventura arrasa em aniversário de sua marca

Mesmo o atraso, comentado à boca pequena que foi causado pelo fato de Lillian Pacce querer entrar ao vivo no GNT, não tirou todo o glamour e sucesso do desfile. Comemorando 30 anos da sua marca, Lino escolheu trinta personagens que para ele eram sinônimo de força, como Eva Perón, Medéia, Maria Antonieta, Audrey Hepburn e Marlene Dietrich, entre outras.

Foi um começo no mínimo curioso, onde modelos saiam de casulos instalados no meio da passarela, de macacões transparentes colados ao corpo, cheios de texturas.

Na cartela de cores, preto, branco e vermelho reinaram. Verde, azul, marrom, amarelo e chumbo atuaram como coadjuvantes.

As cinturas vieram bem marcadas. Camadas de tule, renda e seda, deram volume a parte de baixo do corpo feminino, em armações de metal e uma espécie de capa com culote.

Texturas misturadas com apliques de borboletas, rendas florais e um estampado que lembrava penas de pavão, enriqueceram os looks. Estruturas de couro com rebites de metal que lembravam corpetes foram sobrepostas aos vestidos, que mesmo no inverno, eram de alças ou mangas curtas e decotes nas costas.

Mini ou longo, tinha vestido para todos os gostos. Para a noite, brilhos e drapeados, e para o dia, longos estampados em xadrez e com flores aplicadas nas barras.

Meias calça coloridas contrastavam com vestidos esvoaçantes, que eram complementados por sapatos meia pata altíssimos, de salto fino e rebites de metal.

Na parte masculina, Villaventura ousou, mas não muito. Calças skinny, paletós acinturados com estruturas sobrepostas de couro que formavam uma espécie de colete, e estampas florais em preto e branco foram as apostas do estilista. A grande surpresa foi um macacão justo, com estampa de grafiti, bem colorido. Para completar, sapatos metálicos de bico fino.

Lino conseguiu ser tão arrebatador, que as vaias recebidas pela demora no início, se transformaram em aplausos de pé, gritos entusiasmados e comentários extasiados na saída do desfile.


Colaboração de Natassia Wlasek

18.1.08

As rosas da cidade por Raquel Davidowicz

Um painel ao fundo da passarela e a poesia de Mana Bernardes deram uma dica do que viria pela frente: o romantismo. Este, presente em vários momentos do desfile, foi representado principalmente pelas rosas vermelhas de tecido e nos plissados.

Raquel, em momento algum, foge da proposta de sua marca, que é caracterizada pela junção da alfaiataria com a informalidade do sportwear. A grife surgiu há 12 anos e vem se expandindo no mercado brasileiro desde então.

Uma entra com o pé direito na globalização e na consciência ecológica, utilizando a malha de algodão orgânico, o “ecuture”. Os materiais da coleção foram escolhidos com base na praticidade e no jogo de texturas, nas quais o artesanal se funde com o tecnológico. Os efeitos presentes são mais de formas e texturas do que de estampas, tornando o conjunto bem clean.

Quanto às cores, o vermelho abre o desfile, seguido pelos tons profundos de cinza, preto e azul, além de um amarelo intenso, usado para dar uma “quebra” na sobriedade de alguns looks. Nas estampas, o trecho do poema que foi usado no fundo da passarela.

O tye-dye também estava presente em algumas peças, como na blusa masculina, escondida sob o blazer de alfaiataria. A estampa é originária dos anos 70, uma das décadas mais revisitadas nos últimos tempos e tendência forte para esse inverno 2008.

Por Maíra Mattos e Clarissa Magalhães

Velho oeste by Reinaldo Lourenço

Em clima de faroeste, Reinaldo Lourenço apresentou sua coleção outono/inverno 2008, na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). A produção preparou três passarelas, uma ao lado da outra, e espalhou os convidados por um enorme salão. Silêncio absoluto para o início do desfile. Música de velho oeste e as roupas de inspiração country ganharam a primeira passarela.

As modelos de topete vestiam sobretudos com bordados de motivo faroeste, peças com detalhe em couro, vestidos tomara-que-caia, saias volumosas contrastando com as cinturas altas e bem marcadas, mangas bufantes e pele. Reinaldo apostou em camisetas e calças masculinas de alfaiataria, todas lembrando o look dos caubóis, fosse na gola pontiaguda ou nas franjas na lateral das pernas.

As estampas são um caso à parte. Em um vestido longo, o estilista reproduziu uma noite no velho oeste, partindo de um roxo com estrelas até tons terrosos com aplicações em couro de caubóis. Ele também apostou em grafismos e arabescos western, inspirados nas cowboy boots.

Destaque para série de roupas feitas de franjas de seda amarradas verticalmente ou em bandôs, dando movimento e leveza ou revelando o brilho dos paetês. Outro ponto forte foram os sapatos assinados pelo estilista para Arezzo. Botas cowboy com salto agulha e sapatos boneca com salto cowboy. Inovações com a cara de Reinaldo Lourenço.

Para o final, o momento mais hilário do desfile. No silêncio da expectativa do desfile, do pit dos fotógrafos, um grito: “Descruzem as pernas, por favor!”. O mesmo pedido foi repetido em inglês e francês. Quem será o autor dessa pérola?
Colaboração de Natássia Wlasek
Foto Ines Rozario

Quanto maior...melhor!!!

Filas e mais filas de espera por novos modelos. É nisso que esta dando a prática febre dos relógios. Se valendo da máxima "quanto maior, melhor", algumas marcas como a Swach, Montblanc e Rolex estão se perdendo na proporção dos mesmos.

A cada dia, formas, cores e modelos chegam ao mercado e ao pulso de quem é moderno e antenado. Com design super-valorizados, alguns modelos chegam a perder a função de mostrar a hora e acabam sendo falsificados antes mesmo de chegarem as lojas, tamanho desejo dos consumidores.

A marca Romain Jerome, de Genebra, foi mais longe e usou peças do famoso Titanic para compor a coleção Titanic DNA, onde cada relógio custa a "pechincha" de 173 mil dólares. O felizardo que adquirir este mimo ainda recebe um certificado de autenticidade da peça.

É hora de usar e ousar!

Colaboração de Maíra Matos

A moda para os personagens diários

Para a coleção de inverno, Mário Queiroz fez uma releitura das roupas masculinas convencionais acrescentando um toque militar, noturno e cheio de heroismo. Para ter esse clima brincou com as cores e acessórios das produções.

Foram apresentadas peças desde os ternos de vinil, camisetões de malha, japonas matelassadas até um ternos inteiramente roxo.

Pelerines franjados, botas com detalhes e polainas deram um ar moderno e conceitual ao desfile.

O estilista usou máscaras para incrementar a produção, cobrindoos olhos como super-heróis. Também teve gravata borboleta, pulseiras e coleiras de prata.

Com o tema "graphic novel", as cores foram estrategicamente pensadas na noite e em seus heróis. Preto, azul klein, roxo e grafite apareceram junto com vinil e em padronagens xadrez.

A coleção está sob medida para um homem clássico sem medo de ousar.

Colaboração de Maíra Matos

Keffiyeh???

Isso mesmo! Usado pelos homens do Oriente Médio, é mais conhecido como "lenço palestino", promete ser um dos hits do inverno brasileiro. Ja muito visto nas semanas de moda, ele aquece o pescoço e dá um toque cool ao visual. Para os menos ousados, valem variações minis e mais discretas e também com estampas diferenciadas, mas que remetem ao Keffiyeh.


Colaboração de Maíra Matos

Cláudia Raia tumultua sala de imprensa



Em um grande rebuliço na sala de imprensa do SPFW, Cláudia Raia lançou sua linha de óculos. Assim que chegou, fotógrafos e jornalistas correram e a bombardearam com perguntas e gritos pela melhor pose.

Cláudia disse adorar as semanas de moda e que está sempre atenta às tendências. Falou também que fica à vontade para desfilar e que adora quando é chamada.

A coleção foi escolhida a dedo pela própria, que acredita que esse acessório deve embelezar e que ela mesma nunca sai de casa sem eles.

Foto: Clarissa Magalhães

Ele está de volta...

Criado nos anos 50, os óculos de sol Wayfarer da grife Ray Ban,voltaram com força total ao circuito fashionista e já foi visto em gente descolada de Hollywood, como Scarlet Johonsson e Siena Miller.

Ele desembarca no Brasil e já marca presença nas semanas de moda, aparecendo no look das pessoas mais antenadas.

Vale lembrar que o hit aparece nas cores vibrantes como o vermelho e branco, mas quem tem receio de ousar também pode apostar no pretinho básico.

Vamos já correr atrás dos nossos!!

Colaboração de Cla Benvindo

O Circo Místico de Giselle Nasser

Vivi Drumond e Liane Banca

À porta do MAM, um aglomerado de repórteres e fotógrafos esperava por uma autorização para o ingresso no desfile de Giselle Nasser. Estavam todos espantados com a atitude do assessor da marca, que não soube como conduzir a situação. A verdade é que a sala não comportava o número de credenciados e, quando a entrada foi liberada, já era impossível conseguir enxergar a passarela por entre cabeças e ombros. A solução foi sair correndo para o pavilão e assistir pelos telões.

O som grave das alfaias e o swing dos chocalhos anunciavam a coleção outono inverno 2008 de Giselle Nasser. Na passarela, a inspiração captada de diversas crenças, como bruxas celtas, deusas indianas, figuras de tarô e guerreiras medievais. O primitivismo, o culto à origem animal e aos índios americanos foram refletidos no styling composto por franjas, penas, máscaras e cabeças de animais silvestres.

A alfaiataria em formas amplas trouxe o charme comportado das saias lápis com anquinhas, dos trench coats e ponchos em lã trabalhada e das pantalonas. Mangas bufantes, orientais e com babados valorizavam os ombros e os decotes deixavam o colo a mostra.

Na cartela de cores, verde garrafa, preto, marinho, marrom, lilás e rosa babaloo. Entre as estampas, entrelaçados de lã, motivos indígenas localizados e listras.

Ao final do desfile, uma modelo com cabeça de alce surpreendeu a platéia ao retirá-la: era a própria Giselle em seu grand finale.

Por trás dos holofotes

Tudo pronto. Iluminação, som, modelos na boca de cena, convidados ansiosos para saberem o que o estilista reservou para a próxima estação e em 15 min está tudo acabado. Mas, antes desses minutos de fama e glamour rolarem, tem uma galera que põe a mão na massa para que o show saia na mais perfeita ordem. Eles são os primeiros a chegar e os últimos a ir embora. No backstage o show fica por conta dos técnicos da iluminação e de áudio, sem falar nas camareiras.

Em sua terceira edição de SPFW, André Luís, técnico de iluminação da Stage Luz e Magia, conta, com bom humor, a vida corrida e cansativa de quem possibilita que as estrelas da moda brilhem. Segundo André, o trabalho começa com a idéia do cliente, uma equipe técnica estuda o ambiente e depois eles executam. “Mas não é igual como eles falam, sempre tem uma coisa nova, uma complicação de última hora. Mesmo que se tente contar com os imprevistos”, explica. Outro “problema” são aquelas idéias que não se tem como tornar realidade. “Nosso trabalho é resolver os problemas e deixar o cliente feliz. Se der alguma coisa errada, sobra para os técnicos. Até os acidentes são nossa responsabilidade”, completa André.

No desfile de Reinaldo Lourenço, que rolou no terceiro dia de SPFW, na FAAP, a equipe de André teve alguns dias para deixar a “iluminação afinada”. Mas, nem sempre é assim. Muitas vezes, a troca de iluminação é feita em algumas horas, entre um desfile e outro. “Todo mundo quer exclusividade. Não aproveitamos as posições de um desfile para outro. É tudo novo”, ressalta. André lembra que se não tiver luz não tem nada.

A vida é corrida, o trabalho é pesado, se conhece muitas pessoas e se tem muito que contar. A última “treta” do backstage foi com o pessoal do som. “Os caras tiraram a nossa fiação e colocaram a deles. Quando a gente chegou tava tudo no chão e a produtora reclamou da bagunça. Fomos lá tiramos os cabos deles e deixamos jogados também. Eles chegaram causando e a gente já escamou eles, porque estavam errados”, conta empolgado.

Mas, nem tudo é briga, também tem a parte divertida do trabalho. Rodar o país fazendo produções, as garotas bonitas, as pessoas diferentes, as “baladinhas da hora” e aqueles que se conhece ao longo dos trabalhos e que se reencontram eventos, são alguns dos itens citados pro André.

Outro que adora essa vida é Ricardo Guerra, conhecido como Alemão e que já trabalha com iluminação há 25 anos. “Esse trabalho é meio cachaça”, declara rindo. Com tanto tempo na estrada, Alemão lembra da época em que não existia tantas empresas de iluminação pelo país e não se tinha acesso aos equipamentos de ponta. “O material melhorou e hoje você encontra mais coisa pronta. Antes a gente tinha que improvisar peças de madeira, por exemplo. Hoje você tem loja especializada que não tinha quando eu comecei”.

Apesar dos 25 anos de carreira, esse é o primeiro SPFW de Alemão. Ele trabalhou com moda antes da criação da semana de moda, quando os desfiles eram isolados, de uma marca só e a estrutura era feita de forma artesanal. Experiência mesmo ele tem em shows. Alemão lembra de um festival que fez em Punta de Leste, com Joe Cocker e Billy Idol. Cocker estava tão “doidão” que passou mal no meio do show, “foi no backstage, chamou o ‘raul’ e voltou para cantar na maior cara dura", relata rindo dos bons tempos.

A vida não é fácil, eles estão sempre virados, correndo contra o tempo, com a mão suja de graxa e a camisa suada, mas fazem porque gostam e nada é possível sem a dedicação e o empenho dos técnicos que povoam o lado da moda que a gente não vê.

Retorno no melhor estilo

Com a aguardada estréia de Alexandre Herchcovitch como diretor criativo da Zoomp, depois de ter integrado a equipe de estilo entre 1999 e 2001, o foco foi a visão futurista, mas com inspirações esportistas e atuais. Outra grande expectativa era o time de modelos, que contava com Isabeli Fontana, Carol Trentini e a canadende Coco Rocha.

O carro chefe da marca, o jeans, foi trabalhado ora justíssimo ora casulo, com detalhes de flores em ponto-de-cruz e matelassê, nos looks femininos. Outro material muito utilizado foi couro, usado em macacões e calças.

As composições masculinas tinham calças curtas e botas, capuzes, golas de peles de coelho e parkas maxi. A silhueta era alongada, volumosas na parte de cima e com muitos bolsos. A sobreposição era de camisas de mangas curtas com coletes, que tinham estampa xadrez em preto e branco. A cartela de cores foi limitada a tons de cinza, preto e bege.

Cinturas bem marcadas, balonês de jeans, casacos com aplicações de pele foram seguidos por vestidos em camadas e transparências, mini vestidos com aplicações de renda no decote, todos arrematados por botas do cano acima dos joelhos, com o bico arredondado.

Colaboração de Maíra Mattos

O inverno carioca da Animale no SPFW

Evoluindo no conceito de sensualidade, a Animale mostra para o inverno 2008 uma mulher que se reinventa e que faz de cada momento único. Apostando na mistura dos paletós com quimonos, o shape da coleção é ajustado nas calças e amplos nos tricôs metalizados e camisões ultra femininos.

Com um time de tops de peso, como Raquel Zimmermann, Ana Beatriz Barros e Marcele Bittar, a grife traduziu o conceito sexy/clássico até mesmo nas cores. As clássicas duplas preto e branco, marrom e caramelo, contrastaram com tons vibrantes de verde e degradê de laranja.

Com "ar" Gianni Versace, as estampas vieram com referência oitentista, mas de um modo mais discreto, quase abstrato.

Jaquetas de nylon com amplas golas, cintura marcada como os óbis, casaco de couro fofo de metalassê e mini saias de prega mostram que mesmo na sua estréia no SPFW, a marca ainda mostra na sua coleção o inverno carioca, onde o frio é só na parte de cima.

Os pés ganharam scarpins, que com uma polaina podiam passar como botinhas. E as bolsas eram de couro trabalhado com uma espécie de crina de cavalo de gosto duvidoso saindo da tampa.


Colaboração de Isa Siqueira

Gotas de moda: o segundo dia de SPFW

Os principais sites da internet deram atenção especial à presença da modelo Raquel Zimmermann, que desfilou na SPFW exclusivamente para a grife carioca Animale. Zimmermann foi eleita top número um do mundo pelo site www.models.com. A brasileira aproveitou o vôo pelo território nacional para celebrar a vitória e os inúmeros trabalhos de 2007 e os já acertados para 2008.

A modelo contou em entrevista ao Globo que tem planos para cursar design gráfico em Nova York. A Folha deu destaque à ausência da top romena Irina Lazareanu, escalada para desfilar pela Zoomp. Segundo a assessoria da marca, Irina não conseguiu chegar ao Brasil. Deixou para tirar visto e passaporte novo na última hora!

O site Terra destacou a presença da revolucionária estilista britânica Vivienne Westwood e seu novo sapato lançado em parceria com a Melissa. A estilista anti-consumo desenfreado "alfinetou" as compulsivas, ensinando que deveriam "raciocinar" mais na hora de comprar! Ela acredita que os ricos não deveriam consumir tanto e que os pobres deveriam ter o direito a comprar itens caros uma vez na vida.

O segundo dia de desfiles da SPFW foi fiel ao tema da 24º Semana de Moda e trouxe às passarelas uma viagem pela diversidade. Tereza Santos voltou aos anos setenta misturando couro, franjas, coletes e calças bocas de sinos.

Para a comentarista de moda Iesa Rodrigues a Zoomp, que voltou a ser dirigida por Alexandre Herchcovitch depois de uma temporada de dez anos, não parecia a Zoomp. E o revolucionário Jefferson Kulig está cada vez mais normal...

Juliana Mothio, do Rio de Janeiro

17.1.08

O cardigan aconchegante da Maria Bonita

Ao som intimista de Adriana Calcanhoto com seu violoncelo, a Maria Bonita apresentou sua coleção tendo como base o cardigan, que em grande parte dos looks apareceu com formas desestruturadas e volumes variados. Macacões, vestidos longos e sobreposições também foram valorizados em tecidos tecnológicos, acompanhados de organza e ares modernistas. Listras foram misturadas ao Argyle (xadrez escocês) padronado em vários tamanhos. Na cartela de cores, tons como azul, verde, cinza e vinho pontuados por tons luminosos como turquesa, amarelo e laranja. Nos pés, botas de cano curto complementando o visual com meias opacas e de tons vibrantes. A estilista Danile Jensen caprichou no inverno feminino, sóbrio e aconchegante para a mulher Maria Bonita.



Colaboração de Natássia Wlasek
Foto Ines Rozario

A Admirável Moda Nova da V.Rom

Rostos cobertos por lenços, boinas militares e até mesmo hats que lembravam soldados ingleses fizeram parte do conceito de Igor de Barros para o desfile da V.Rom. Com o tema “Admirável Mundo Novo” , livro escrito por Aldous Huxley em 1932 que ironiza a perda de identidade no mundo da produção de massa, o estilista abusou da mistura entre o selvagem e o tecnológico urbano.



A marca, que nasceu em plena explosão da música eletrônica em São Paulo, mantém sua identidade nas misturas de estampas, tendo o xadrez como carro-chefe. Valorizou os tecidos sintéticos, como um náilon plastificado, especialmente confeccionado para os trópicos, em casacos, coletes e bermudas. A ousadia maior, no entanto, apareceu no macacão transparente preto e no casaco parka usado como vestido e com capuz, coberto de pêlos.

O clima londrino do livro célebre se reflete também no make dos modelos, inspirado no príncipe Harry, em Harry Potter, no Sex Pistols e no Kiss. Igor criou ainda para o inverno três modelos de tênis, cada um com com dez cores, fabricados pela Rainha. Um deles lembrava um sapato de palhaço com a ponta arredondada e volumosa.

As cores se referiam aos anos 70: do verde-bandeira ao preto, passando por borgonha, gema, marinho e chumbo. O encontro do selvagem com o mundo civilizado se dá através dos tecidos, alguns desenvolvidos através do fio de bambu e outros completamente sintéticos como o náilon plastificado. O desfile ainda contou com Rico Mansur na passarela, destoando dos modelos com sua barba e cabelos ao natural.

Colaboração de Nathalya Areias

As curvas da mulher por Jefferson Kulig

Jefferson Kulig desenvolveu na passarela a sua “Topografia Humana”, precisamente a do corpo sinuoso da mulher-violão. Começou pelo preto, introduziu as estampas coloridas e partiu para as peças monocromáticas que exploravam mais as formas. Em peças inusitadas, fez uma leitura do corpo da mulher, suas curvas e relevos. O conforto e os amplos se encontravam com formas secas e transparências. Todas as peças traziam detalhes em fios que apareciam nas mangas, na cintura, na gola e até mesmo nas sandálias bota de cano longo.

As roupas traziam recortes de vários tecidos e acabamentos como matelassê nas calças de jacquard, marcando cada “relevo” do corpo da mulher. Em alguns momentos, as peças chegaram a lembrar armaduras. As estampas ilustravam as idéias do estilista sobre o multiculturalismo, com dente-de-leão ou motivos tropicais.

Ainda seguindo os seus "fios", Kulig aplicou alças de canutilhos em alguns vestidos, dando um ar futurista às peças. As golas também merecem destaque em tamanhos exagerados, assimétricos ou mesmo com armações. Por fim, vestidos que exploraram a transparência e volume na parte inferior, lembrando as conhecidas anquinhas do século XIX.


Com colaboração de Cla Benvindo
Foto: Reprodução

O surfing in the city da Osklen

Surfando pelas ruas Nova York, Tóquio, Paris e Milão, Oskar Metsavaht observou a arquitetura, a arte urbana, as luzes em movimento e seus traços e assim encontrou a inspiração para a nova coleção de inverno da Osklen.

Conhecida pelo apoio à preservação do meio ambiente, a marca adotou tecidos e materiais considerados ecologicamente corretos, como o couro ecológico, a viscose de bambu e outros tecidos de fibra naturais, como a seda pura e o veludo de algodão.

O visual, idealizado por Mario Costa, botou meninas e meninas de perucas, referência ao estilo andrógeno e ousado de bandas de rock.

A tendência da alfaiataria esteve no paletó com gola padre, em calças com pregas, pantalonas e até em patas de elefante, que desfilaram pela passarela sobre tênis de lona com solado de borracha, no melhor estilo urbano, sobre sandálias ou botinhas de verniz e chamois, com detalhes de fivelas.

Os pontos fortes foram calças clássicas da marca, casacos compridos e amplos, camisolões, vestidos e saias, pregueados ou godês. Os comprimentos curtos, até em meia-calças, foram explorados por todos os tecidos e estampas da coleção: muito listrado e uma gama de cores entre preto, cinza, azul, verde e vermelho. Com grande toque de brilho. Para jovens de todas as idades.

Fotos Ines Rozario

O folk anos 70 de Tereza Santos

Numa passarela neutra, a marca Tereza Santos desfilou em estilo folk a sua coleção de inverno. Com franjas no acabamento de quase todas as peças e mistura de materiais como o couro e as peles, o clima misturou o country aos anos 70.

A síntese de toda coleção estava já no primeiro look, com uma saia longa bege com top de viscose estampado, colete, cinto-lenço de pashimina de viscose estampado com franjas e, nos pés, escarpan-mocassim. Vieram em seguida blusas com jeito de muito usadas, calças de couro boca-de-sino, vestidos, saias longas e algumas pitadinhas de minis e túnicas. E, para delírio de quem assistia ao desfile, Camila Finn aparece com uma maxibolsa metálica com franjas, uma das peças mais comentadas pela platéia no final do desfile.

Os tons pastéis e o preto dominaram quase todos os looks, quebrados apenas pelo vermelho em alguns detalhes como os cintos e em um suéter de tricô com mangas bufantes.

Nas modelos, o make era clean, com os olhos delineados e cabelos soltos com ar despojado, em perfeita harmonia com os looks. Para finalizar, Tereza, em tímida aparição, dá um tchauzinho de agradecimento ao público.

Colaboração Clarissa Magalhães
Foto Ines Rozario

As rosas de Tufi

A Forum desfilou sua coleção outono/inverno 2008 na mansão do estilista Tufi Duek, no charmoso bairro Jardim Europa. A inspiração foram as flores, mais especificamente as rosas, presentes nas estampas ou em aplicações nas roupas. Para Tufi, as rosas representam as mulheres sofisticadas, lindas e sensuais. As modelos desciam a escadaria principal da casa, passavam pela sala e alcançavam o jardim e eram admiradas por todo o mundo da moda, que se espalhava por todos os ambientes da residência.

O preto e o branco dominaram o desfile, que mostrava também alguns toques de rosa vibrante e vermelho. As roupas exibiram um visual clean, porém rebuscado. Uma sofisticação inerente a esta mulher idealizada pelo estilista, que reúne todas as qualidades que Tufi considera fundamentais: sensualidade, sofisticação, extrema beleza. No jardim de Tufi, havia tomara-que-caia preto, estruturado, com aplicações de botões de rosa em todo ele, pashimina de rosas brancas, transparências, botas de cano longo envernizadas com amarrações atrás e uma modelo embrulhada. Isso mesmo, uma modelo embrulhada! Vestida em um longo vermelho, o look remetia àquelas clássicas rosas vermelhas solitárias, presente recorrente entre os amantes. Um show à parte!
Foto: Reprodução

Por trás da cortina de Herchcovitch

Com o sugestivo refrão da música de abertura, "What is behind that curtain?", Alexandre Herchcovitch responde aos olhares curiosos de seu público contrastando looks totalmente pretos com uma passarela de losangos em cores vibrantes. A cor predominante ressaltou as formas arrojadas dos vestidos, que tinham clara referência ao século XIX, com ancas bem marcadas e volumosas. A cor ficou apenas nos detalhes, nos sapatos de vinil, nas barras e forros das roupas. Destaque para o salto das botas finalizado com uma ponta de metal, como se Herchcovitch tivesse adicionado uma agulha ao salto convencional.

Com a evolução do desfile, as cores surgiram na passarela em tons pastéis e as formas sugeriam leveza, favorecidas pelos tecidos. Em maxi-patchworks, o estilista misturou texturas e padronagens em cortes assimétricos. Nas estampas, a aposta foi no xadrez e nas listras criando formas circulares, como no vestido longo com porfundo decote em V nas costas. A passarela ganhou então um clima anos 70 mais glamouroso, com cetim de seda.

Como uma história de começo, meio e fim, o desfile começou no preto total, acrescentou as cores e finalizou o desfile com um vestido laranja vibrante, amplo, curto e de manga bufante na frente e com um quê de morcego atrás. As tendências previstas para o inverno estavam todas lá, porém com a marca inigualável de Herchcovitch.


Com Colaboração de Mariana Hansen
Foto: Reproducão

A mulher contemporânea da Cori: sóbria e sensual

A Cori lançou nesta edição do SPFW dois novos estilistas. Dudo Bertholini e Rita Camparato, também da Neon, assumiram a marca e fizeram uma releitura da história da Cori, recuperando seus principais ícones. A alfaiataria, a primeira a aparecer na passarela, em vestido-paletó preto, foi valorizada ao longo de todo o desfile. Maiô-smoking, pantalonas com corte de alfaiataria e cós altíissimo, além de clássicos tubinhos povoaram a imaginação dos estilistas. O tricô também estará presente no inverno da Cori.

Nas formas, Bertholini e Rita bricaram com o jogo entre o amplo e justo. Cinturas bem marcadas com cintos largos de fivelas exageradas, manga-morcego, saias longas, vestidos curtos e muita assimetria geométrica nos acessórios. Eles também ousaram nos tecidos, misturando lã, cetim e couro. O brilho teve lugar especial em vestido cravejado de paetês preto com super decote nas costas. Mas o destaque merecido foi o vestido feito de correntes douradas, em espécie de malha medieval, que fechou o desfile.

Nessa viagem pela história da Cori, a dupla acertou em cheio ao recriar a mulher Cori, sóbria sem deixar de ser sensual. A parceria promete!

Foto divulgação

Vivienne Westwood, aos nossos pés!

A dama britânica Vivienne Westwood aterrisou no SPFW para conferir a exposição de sapatos com a sua assinatura. A estilista ficou famosa por suas plataformas com saltos extremados, de formas parecidas às dos sapatos usados pelas pin-ups dos anos 50, verdadeiras referências ao fetiche dos pés femininos. A justaposição do tradicional com quebra de tabu é uma das características mais marcantes da designer.


Clássicos como o "Super elevated Gillie" que levou a top Naomi Campbell ao chão, nos desfiles de outono/inverno de 1993, e o Apollo Wings, todo branco com fivela de asas em madeira na lateral, estão expostos no pavilhão da Bienal. A irreverência e a criatividade de Vivienne estão estampadas em cada peça. Outro que merece destaque é o "Sapato Pênis", da coleção "Zonas eróticas" da primavera/verão 95. Todo preto, com o bico em formato de genitália masculina, ele ainda leva nos calcanhares dois pompons remetendo às bolsas escrotais.

A suas novas criações estão na parceria de Westwood com a Melissa, através de uma de suas marcas, a Anglomania. A famosa sapatilha de plástico ganha no bico o contorno dos dedos do pé, visual também presente em outra criação da designer conhecida como Mary Jane. O modelo rasteiro, com o bico aberto, ganha um pin de coroa em metal dourado, a logo da Anglomania, que é chamada de ORB. O estilo Vivienne Westwood estará em breve nas ruas do Brasil, aos pés das mulheres brasileira.

Curiosa para saber mais sobre a dama da moda britânica? Acesse http://www.viviennewestwood.com/.


Com colaboração de Clarissa Magalhães

Foto: Clarissa Magalhaes

O romantismo no couro de Patricia Viera

Em uma sala apertada do MAM, a estilista Patrícia Viera apresentou sua coleção de outono inverno de saias longas e cinturas altas. O couro foi trabalhado de diversas formas, aparecendo até em babados e laços. Cintos largos envolviam e valorizavam a cintura feminina. Babados sugeriam o romantismo do inverno de Patrícia Vieira, que se fez presente também na cartela de cores, composta por vermelho, vinho, marrom, cinza, rosa e azul claro.

Espirais de todos os tamanhos foram aplicadas em vestidos de camurça, que por vezes tinham estampas de pontos ou recortes que lembravam escamas de peixes. Vinham também em patchworks em tons terrosos e trench coats com barras trabalhadas no próprio couro. Nos pés, tênis de cano alto mostarda e sapatos boneca, com vestidos e conjuntos de calças com casaquetos, com reforços nos cotovelos.


Colaboração de Cla Benvindo
Foto Ines Rozario

A diversidade de Fause Haten

O estilista Fause Haten mostra para o inverno 2008 o novo rumo para a sua marca, recém-incorporada ao grupo I'M( Identidade da Moda). No desfile de quarta-feira (16/01) no SP Fashion Week, Fause Haten dividiu em duas a passarela. De um lado, a moda mexicana, para o dia. Do outro, a moda clássica e elegante para a noite, em cores mais sóbrias, com detalhes em franjas e decotes.

De dia, Saias godês curtas,blusas bracas lindissimas, batas bordadas com flores coloridas à la méxico. À noite, muitos bordados, brilhos, cetins em cores fortes e ponchos listrados. A cartela de cores vem com muito preto, branco e um duvidoso tom de rosa.

Fause soube explorar bem em sua coleção uma versão lado étnica e outra super feminina. Pouco inverno, mas é esse Fause que suas clientes gostam de ver!


Colaboração de Clarissa Benvindo
Foto Ines Rozario

16.1.08

Doze meninas e a última moda

Doze meninas e o sonho de escrever sobre moda.
Primeiro, o curso no Senac-Rio. Depois, o Fashion Rio.
Agora, São Paulo Fashion Week. O que mais está por vir?
Muito, muito mais. Aguardem! Leiam! Acompanhem! Opinem!

As doze meninas são jovens jornalistas que têm em comum a garra, a animação, o prazer de descobrir e divulgar as novidades, especialmente as do mundo da moda, com espírito crítico e bem-humorado.

As doze meninas têm uma qualidade fundamental para renovar o jornalismo de moda: elas adoram moda e adoram o que fazem. E por isso criaram este blog. Doze meninas e a moda estão no ar! Sejam bem vindos! O blog é de vocês!