17.1.08

As curvas da mulher por Jefferson Kulig

Jefferson Kulig desenvolveu na passarela a sua “Topografia Humana”, precisamente a do corpo sinuoso da mulher-violão. Começou pelo preto, introduziu as estampas coloridas e partiu para as peças monocromáticas que exploravam mais as formas. Em peças inusitadas, fez uma leitura do corpo da mulher, suas curvas e relevos. O conforto e os amplos se encontravam com formas secas e transparências. Todas as peças traziam detalhes em fios que apareciam nas mangas, na cintura, na gola e até mesmo nas sandálias bota de cano longo.

As roupas traziam recortes de vários tecidos e acabamentos como matelassê nas calças de jacquard, marcando cada “relevo” do corpo da mulher. Em alguns momentos, as peças chegaram a lembrar armaduras. As estampas ilustravam as idéias do estilista sobre o multiculturalismo, com dente-de-leão ou motivos tropicais.

Ainda seguindo os seus "fios", Kulig aplicou alças de canutilhos em alguns vestidos, dando um ar futurista às peças. As golas também merecem destaque em tamanhos exagerados, assimétricos ou mesmo com armações. Por fim, vestidos que exploraram a transparência e volume na parte inferior, lembrando as conhecidas anquinhas do século XIX.


Com colaboração de Cla Benvindo
Foto: Reprodução

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