19.1.08

Na cama com Lorenzo Merlino

No lugar de cadeiras, camas box da Castor. Foi assim que Lorenzo Merlino recebeu seus convidados para o desfile da coleção de inverno. Num primeiro momento, o susto de não ter exatamente onde sentar. Depois, a busca por um cantinho no colchão. E, por fim, a cara de mal estar de muitos que já sentiam as costas mesmo antes do desfile começar. Totalmente inusitado, chegando a ser cômico. Glorinha Kalil nem conseguia colocar os pés no chão, enquanto Reinaldo Lourença deixava claro desconforto. Mas, vamos ao que interessa.

Nesse clima “aconchegante”, Merlino trouxe peças que mais lembravam lençóis ou mantas enroladas na modelo do que roupas de verdade. Só no segundo look que se teve certeza que o desfile havia começado. Seguindo a tendência, tivemos mais uma vez peças com corte de alfaiataria. De novidade, as pontas assimétricas em vestidos, sobretudos, casacos, sempre dando a sensação das modelos estarem enroladas em algum lençol.


Lorenzo trouxe para passarela, seda, veludo molhado, lã e nylon. Este último aproveitado em casacos, sobretudos, vestidos, dando um ar futurista provocados por super debruns ou lembrando as nuvens, quando em formas balonês. Na mesma onda do branco, um vestido tomara-que-caia de plumas. Mais nuvem que isso, não dava. Na paleta de cores, o preto característico da estação, cinza, caramelo e marrom. As estampas seguiam o xadrez e uma pontilhada, como uma super linha de giz.

Para os homens ele reservou calças justas de moletom com punhos nos calcanhares e no cós. Camisas, camisetas de malha, calças de alfaiataria e skinny e blazer também estavam presentes. O estilista ainda misturou xadrez e listras nos mesmos looks. Tudo sempre com cara de pijama.

Nesse clima, até a música começou a dar sono.

2 comentários:

Mari Loiola disse...

parabéns pela iniciativa, meninas! continuem atualizando!

Clarissa Magalhães disse...

Bom texto, amiga...so faltou dizer q as roupas foram confiscadas pela Policia Federal apos o desfile...e q as pecas irao a leilao para q a divida seja saudada.