18.1.08

As rosas da cidade por Raquel Davidowicz

Um painel ao fundo da passarela e a poesia de Mana Bernardes deram uma dica do que viria pela frente: o romantismo. Este, presente em vários momentos do desfile, foi representado principalmente pelas rosas vermelhas de tecido e nos plissados.

Raquel, em momento algum, foge da proposta de sua marca, que é caracterizada pela junção da alfaiataria com a informalidade do sportwear. A grife surgiu há 12 anos e vem se expandindo no mercado brasileiro desde então.

Uma entra com o pé direito na globalização e na consciência ecológica, utilizando a malha de algodão orgânico, o “ecuture”. Os materiais da coleção foram escolhidos com base na praticidade e no jogo de texturas, nas quais o artesanal se funde com o tecnológico. Os efeitos presentes são mais de formas e texturas do que de estampas, tornando o conjunto bem clean.

Quanto às cores, o vermelho abre o desfile, seguido pelos tons profundos de cinza, preto e azul, além de um amarelo intenso, usado para dar uma “quebra” na sobriedade de alguns looks. Nas estampas, o trecho do poema que foi usado no fundo da passarela.

O tye-dye também estava presente em algumas peças, como na blusa masculina, escondida sob o blazer de alfaiataria. A estampa é originária dos anos 70, uma das décadas mais revisitadas nos últimos tempos e tendência forte para esse inverno 2008.

Por Maíra Mattos e Clarissa Magalhães

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