Vivi Drumond e Liane Banca
À porta do MAM, um aglomerado de repórteres e fotógrafos esperava por uma autorização para o ingresso no desfile de Giselle Nasser. Estavam todos espantados com a atitude do assessor da marca, que não soube como conduzir a situação. A verdade é que a sala não comportava o número de credenciados e, quando a entrada foi liberada, já era impossível conseguir enxergar a passarela por entre cabeças e ombros. A solução foi sair correndo para o pavilão e assistir pelos telões.
O som grave das alfaias e o swing dos chocalhos anunciavam a coleção outono inverno 2008 de Giselle Nasser. Na passarela, a inspiração captada de diversas crenças, como bruxas celtas, deusas indianas, figuras de tarô e guerreiras medievais. O primitivismo, o culto à origem animal e aos índios americanos foram refletidos no styling composto por franjas, penas, máscaras e cabeças de animais silvestres.
A alfaiataria em formas amplas trouxe o charme comportado das saias lápis com anquinhas, dos trench coats e ponchos em lã trabalhada e das pantalonas. Mangas bufantes, orientais e com babados valorizavam os ombros e os decotes deixavam o colo a mostra.
Na cartela de cores, verde garrafa, preto, marinho, marrom, lilás e rosa babaloo. Entre as estampas, entrelaçados de lã, motivos indígenas localizados e listras.
Ao final do desfile, uma modelo com cabeça de alce surpreendeu a platéia ao retirá-la: era a própria Giselle em seu grand finale.
18.1.08
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